Caminhos com Coração


Já lhe disse que para escolher um caminho, você deve estar livre de medo e de ambição. (A Erva do Diabo, p. 170)

Todos buscamos um caminho para seguir, mas sempre nos deparamos hora com a dúvida ou com o ressentimento com os caminhos pelos quais optamos. O Nagual Juan Matos descreveu uma forma de se lidar com esse tipo de situação. Ele instruía a procurar o coração no caminho. Partindo da premissa que todos os caminhos tem igual potencial e valor, não se poder escolher um caminho errado, apenas pode-se escolher um caminho que seja ou não compatível conosco.

Todos os caminhos são os mesmos: não conduzem a lugar algum [...] Este caminho tem um coração? Se tiver, o caminho é bom; se não tiver, não presta. [...] Um torna a viagem alegre; enquanto o seguir, será um com ele. O outro o fará maldizer sua vida. Um o torna forte; o outro o enfraquece. (A Erva do Diabo, p. 114-115)

A pergunta “Este caminho tem coração?” leva-nos a questionar o quanto este caminho foi escolhido por nossa certeza de que nos fará o melhor ou por nosso ego e interesses pessoais. O caminho “com coração” é aquele que lhe fortalece e não lhe causa angustia ao ser trilhado, ele lhe desafia, mas não lhe massacra.

A erva-do-diabo é apenas um entre um milhão de caminhos. Tudo é um entre um milhão de caminhos [...]. Olhe bem para cada caminho, e com propósito. Experimente-o tantas vezes quanto achar necessário. Depois pergunte-se, e só a si, uma coisa [...]: esse caminho tem coração?. (A Erva do Diabo, p. 114)

Os problemas mais comuns encontrados pelas pessoas é não saber se devem escolhe um determinado caminho e quando pular fora do mesmo. Escolher um caminho deve ser feito livre de qualquer pretensão egóica, como poder, influência ou riqueza. O caminho deve ser escolhido por que proporciona bem-estar. Bem-estar pode, entretanto, trazer poder, riqueza, mulheres e centenas de outras coisas. Quanto a sir do caminho, tendemos a nos enganar, utilizando todo tipo de frases de efeito como “as cousas vão melhorar” ou “a culpa disso é de...”, quando no fundo sabemos que aquele caminho já não mais nos faz bem. A ausência de bem-estar, de prazer no trilhar, indica o fim da linha de um caminho e o momento de buscar um novo.

Nenhum comentário:

Praticas Toltecas Essenciais