Passes Mágicos IV - A Respiração Axial


Este é o sétimo movimento dos Passes Mágicos para o Bem-Estar*. Seu objetivo é mover o terminal de acesso energético que se encontra aterrado para o infinito, de forma que a energia preza possa ser maximizada e posta à disposição do guerreiro.



Descrição do Movimento

-Assuma a postura inicial (A postura inicial é descrita no post Passes Mágicos II);

-Cruze os braços à frente do tórax, as mãos estendidas como proposto na postura inicial;

-Fazendo um arco com os braços estendidos, leve as mãos acima da cabeça, palmas juntas, inale;

-Os dedos indicadores devem pressionar um contra o outro;

-Traga as mãos até o rosto devagar, exale;

-Na altura dos olhos, focalize a ponta dos dedos. A visão deve ser mantida na ponta dos dedos durante o resto do passe;

-Abaixe as mãos até o plexo solar, inale, mova as mãos num movimento de 90º para baixo, posicionando-as ali como se segurando um punhal, pare por um segundo (os dedos apontando diretamente à frente);

-Exale, arqueando o corpo para baixo levemente, gire as mãos um novamente em 90º para baixo. Siga o movimento dos dedos, que levemente vão apontando para o solo. Os cotovelos apóiam-se nas coxas, inale e exale três vezes;

-Inale, faça o caminho inverso, erguendo o corpo de volta para a postura ereta, as mãos retornam para o plexo solar apontando novamente para frente, exale;

-Movas as mãos num movimento de 90º para cima (de forma que as pontas dos dedos apontem para cima);

-Inale, leve as mãos até a face, encaixando os dedões nos lábios, e o nariz no espaço entre os indicadores (criado pela pressão de um contra o outro), a ponta dos dedos tocando a testa;

-Incline a cabeça para traz o máximo que puder, mantendo a coluna ereta e as pernas estiradas, exale totalmente o ar dos pulmões;

-Num movimento súbito e vigoroso, inale e eleve as mãos (apontando para cima) esticando os braços completamente;


O que move o acesso de energia de sua posição no chão para o infinito é a atenção e o Intento do guerreiro, este processo é realizado pela focalização da atenção no movimento das mãos pelos olhos.

A respiração é um processo importante em toda prática energética, pois a respiração é o próprio movimento da energia circulando em nosso corpo. Neste passe a respiração marca o caminho que a energia fará, de sua posição usual até seu destino: O Infinito.

Este é um movimento maior, e pode ser realizado independentemente quantas vezes quiser. Boa prática

*12 movimentos básicos para acumular energia e promover o bem-estar

Xamanismo & Ciência


Mais uma vez a ciência tropeça no conhecimento 'místico'. Em reportagem da Planeta na Web intitulada A Profecia Maia: uma transformação do sol de Débora F. Lerrer, os cientistas afirmam ter descoberto uma nova faceta da radiação solar: a capacidade de enviar comandos através do universo. Esses comandos por suas vez seriam emitidos de um 'sol' maior, superior, que influenciaria as coisas no seu nível mais sutil, causando grandes reviravoltas para todos os seres viventes.

Os cientistas alegam que o povo Maia com seu famoso calendário, abandonou suas ainda mais famosas cidades e templos de pedra devido à alterações nas radiações solares.

O que o Caminho do Guerreiro tem a ver com isso. Como o próprio artigo aponta (parabéns à Planet Web pelo bom trabalho) os Maias eram um povo altamente influenciado pelos Toltecas. A extensão dessa ligação se perdeu no tempo como quase tudo relativo aos Videntes Antigos*. As energias solares que comandam as coisas foram interpretadas pelos Videntes Antigos como as Emanações da Águia. A Águia (ou o Mar Escuro da Consciência, para alguns) é o sol superior da qual essas energias provem. As Emanações da Águia são as ordens que regem o que é.

Os Guerreiros se prestam a seguir as Ordens da Águia, e por sua vez, encontram-se em posição de fazer das mesmas a sua vontade, num relacionamento quase simbiôntico, a vontade (vale a pena conferir o ultimo post da Isa) do Guerreiro se torna a Ordem da Águia, e vice-versa. É daí que provem o Poder dos Guerreiros Toltecas, de sua ligação intrínseca com o universo a sua volta.

O texto persegue para um devaneio sobre o calendário Maia, que termina no ano 2012. Um novo ciclo de emanações de radiação solar se aproxima e as opiniões sobre o que isso significa para nós pobres mortais vão do apocalíptico aos neo age. Mas, se você me permite uma opinião:

Temos quatro anos para nos tornar Guerreiros Impecáveis. Tudo chega ao fim e esse mundo não é exceção. Nunca se sabe...


* Videntes Antigos, ou xamãs do México antigo, é o termo utilizado pelo Nagual Juan Matos para designar os 'feiticeiros' toltecas que deram início a esta tradição. Foi apenas com a chegada dos espanhóis, entretanto, que os sobreviventes dos alunos dos Videntes Antigos, os Novos Videntes, desenvolveram o Caminho do Guerreiro, para evitar que os erros e obsessões de seus predecessores se repetissem nas linhagens por vir.

Vontade por Castaneda

Por Isa

Na obra de Castaneda, a vontade é um conceito mais que abstrato. É antes energético. Não é um sentimento, um pensamento, um desejo. É uma parte do nosso corpo energético que se manifesta, interferindo em nossa realidade ordinária. Portanto, não pode ser compreendida do ponto de vista material, embora seja a única visão a qual dispomos. A confusão reside em pensarmos em vontade em termos materiais, ou como apenas um impulso que nos leva a agir sobre o mundo. Pensar a vontade é uma tarefa difícil, pois, uma vez sendo ela de domínio exclusivo referente ao corpo energético, ela não pode ser apenas compreendida como um objeto que usamos ao nosso bel-prazer.

A vontade, antes de tudo é energia. Uma energia direcionada a determinada tarefa, o que permite que a possamos empregar em qualquer situação. Mas para tanto, isso exige controle de nosso corpo luminoso assim como controlamos nosso corpo material. Pensemos em nosso corpo energético como uma extensão de nosso corpo físico. Como tal, seus movimentos podem ser controlados. Mas sendo um corpo de energia, exige um outro tipo de controle, diferente dos impulsos nervosos que o cérebro emite aos nossos órgãos. Exige um outro tipo de impulso que transmita a mensagem. Este impulso é a vontade (ou seria o intento?). É como um cordão umbilical que conecta os corpos físico e material. É um transmissor de impulsos, como as fibras óticas que transmitem a voz humana. Uma vez esta conexão funcione de forma clara, a comunicação entre as duas realidades, física e metafísica, é feita com fluidez e harmonia.

Outra função que pode ser desenvolvida pela vontade é a de sensor da realidade à qual está vinculada. A vontade pode agir sobre o mundo para captar a essência das coisas, o que pode ser confundida com intuição, porém, apresenta-se mais sofisticada que esta. A vontade é como uma forma desenvolvida de intuição, mas além de sentir, a vontade pode ?tocar? a realidade, sendo ela material ou energética. Se "toca" a realidade material, por exemplo, produz efeitos de causa misteriosa ao observador, muitas vezes chamados de "poder", "sorte", "magnetismo", etc; podendo ser usada inclusive sobre outras formas de vida.

Embora eu me abstenha de classificar a vontade como um objeto, talvez a definição mais próxima empregada pelos toltecas seria a de vontade como ferramenta do corpo energético ou espírito, ou como extensão deste, assim como um braço.

Quando Don Juan afirmava que o guerreiro deve limpar seu elo de ligação com o espírito, estava dizendo que deve afiar sua vontade, ou trabalhar para desenvolvê-la plenamente como músculo atrofiado. Afirmei que não é simplesmente usada a nosso bel prazer. A vontade exige disciplina, controle, o que nos remete à necessidade de trabalho árduo para desenvolvê-la plenamente e um tipo de sobriedade que não pode ser associada à comportamentos descontrolados ou não estratégicos.
Acima de tudo, vontade é precisão energética: quando direcionada a um objetivo, ou objeto, age sobre ele de forma sutil, porém centrada, o que exige domínio da atenção ou consciência, daquele que a usa.

Possuir vontade não significa "ter vontade", palavra que usamos para definir os caprichos que temos em desejar coisas. O desejos e caprichos são muitas vezes injustificados, impulsivos, instintivos, como uma correnteza à qual o indivíduo não tem controle, arrastando-o ao seu objeto de desejo. Vontade para os toltecas, não é o que causa o desejo, e sim o que executa as ações necessárias para atingir o objetivo, estando ele em plano físico ou metafísico. E o que direciona a vontade é o Intento.

Isa

Nossa, como sou importante!


Eu sei que isso vai soar como um desabafo, e de fato o é. Voltamos hoje ao tema da auto-importância, um dos problemas encontrados pelos que se venturam no Caminho do Guerreiro. O que me motivou a escrever este post? Podem rir: o Orkut.

As pessoas se juntam no Orkut por razões diversas, pessoalmente, entrei por pura falta de fazer numa quarta-feira na qual meus professores decidiram que não apareceriam. Não fazia idéia do que era o Caminho naquela época.

De volta ao assunto... Existem várias comunidades sobre Carlos Castaneda, Xamanismo Tolteca, Ensonhar, e outros tópicos diversos dentro do Caminho espalhadas pelo Orkut. Até aí tudo bem, pessoas que, em teoria, nunca se encontrariam e que compartilham o interesse pelas praticas Toltecas podem se 'juntar' ali para trocar experiências, tirar dúvidas, ou simplesmente se informar.

Qual o problema então para me retirar do trabalho e escrever aqui (depois de tanto tempo sem um post verdadeiro)? Eu estou irritado, e isso em parte se deve a minha visão de mundo e auto-importância. As pessoas entram nessas comunidades e se julgam melhores que as outras, mais sabias, capazes, experientes, poderosas, ou seja lá o que dá na cabeça de alguém para agir daquele jeito. Passam a tratar os iniciantes como crianças retardadas e impor suas opiniões sobre os outros.

E quando dois desse tipo se encontram, nossa mãe nos proteja da chuva de asneiras que se segue. Coisa, devo dizer, digna de primário (ou talvez... de plenário). Um tenta provar para o outro que está certo (com poucos argumentos, mal expostos em dois ou três posts) e então passam a se agredir.

Don Juan já dizia... "[...]você se acha muito importante [...]se leva muito a sério." Pelo amor da Águia (uhahuha essa foi muito boa), ponham a mão na cabeça e perguntem-se: Eu sou meso esse poço de sabedoria tolteca, impecável, cheio de poder?

Por que se fosse, já estaria na Segunda Atenção, certo?

Nagualismo e compaixão

, por Bruno Born Neto da lista de discussão rastreadores2

Olá guerreiros !

A filosofia nagual passada nos livros de CC deixa claro que compaixão não consta no dicionário deste original sistema cognitico. Muitas vezes refletí sobre isto pensando que este treinamento de guerreiros podería levar o postulante a uma certa frieza e distanciamento se não bem compreendido os ensinamentos.

O que me parece é que esta visão estratégica de manutenção de nossa energia, que considero magnífica, de fato dá a impressão de uma certa insensibilidade perante o mundo, quase uma alienação, quando na verdade é apenas uma concentração no eu e suas possibilidades energéticas.

Até por temperamento, me identifico com esta visão, mas, o grande perigo é não compreendermos a fundo os conceitos e entrarmos possivelmente em estados psicóticos lamentáveis que, nos dias de hoje, parece ser muito comum em praticantes afoitos de diversos segmentos espirituias.

E tb não perdermos o bom humor e alegría, o que parece não faltava a Dom Juan e seus guerreiros, e nós?

Intento!

Caminhos com Coração


Já lhe disse que para escolher um caminho, você deve estar livre de medo e de ambição. (A Erva do Diabo, p. 170)

Todos buscamos um caminho para seguir, mas sempre nos deparamos hora com a dúvida ou com o ressentimento com os caminhos pelos quais optamos. O Nagual Juan Matos descreveu uma forma de se lidar com esse tipo de situação. Ele instruía a procurar o coração no caminho. Partindo da premissa que todos os caminhos tem igual potencial e valor, não se poder escolher um caminho errado, apenas pode-se escolher um caminho que seja ou não compatível conosco.

Todos os caminhos são os mesmos: não conduzem a lugar algum [...] Este caminho tem um coração? Se tiver, o caminho é bom; se não tiver, não presta. [...] Um torna a viagem alegre; enquanto o seguir, será um com ele. O outro o fará maldizer sua vida. Um o torna forte; o outro o enfraquece. (A Erva do Diabo, p. 114-115)

A pergunta “Este caminho tem coração?” leva-nos a questionar o quanto este caminho foi escolhido por nossa certeza de que nos fará o melhor ou por nosso ego e interesses pessoais. O caminho “com coração” é aquele que lhe fortalece e não lhe causa angustia ao ser trilhado, ele lhe desafia, mas não lhe massacra.

A erva-do-diabo é apenas um entre um milhão de caminhos. Tudo é um entre um milhão de caminhos [...]. Olhe bem para cada caminho, e com propósito. Experimente-o tantas vezes quanto achar necessário. Depois pergunte-se, e só a si, uma coisa [...]: esse caminho tem coração?. (A Erva do Diabo, p. 114)

Os problemas mais comuns encontrados pelas pessoas é não saber se devem escolhe um determinado caminho e quando pular fora do mesmo. Escolher um caminho deve ser feito livre de qualquer pretensão egóica, como poder, influência ou riqueza. O caminho deve ser escolhido por que proporciona bem-estar. Bem-estar pode, entretanto, trazer poder, riqueza, mulheres e centenas de outras coisas. Quanto a sir do caminho, tendemos a nos enganar, utilizando todo tipo de frases de efeito como “as cousas vão melhorar” ou “a culpa disso é de...”, quando no fundo sabemos que aquele caminho já não mais nos faz bem. A ausência de bem-estar, de prazer no trilhar, indica o fim da linha de um caminho e o momento de buscar um novo.

Os Videntes Modernos


Faz muito tempo, na América pré-colombiana, um grupo de pessoas extraordinárias deu o primeiro passo para a libertação do seu povo. Estes homens e mulheres ficaram conhecidos por nós como Antigos Videntes ou Feiticeiros do México antigo. Eles foram capazes de feitos além da compreensão humana, de percepções que desafiaram tudo que já havia sido determinado até então. Seu erro, porém, foi apegar-se demais a características pessoas, objetos e rituais. Descendentes diretos dos Antigos Videntes, os Novos videntes decidiram revisar e apurar através da prática empírica todo o conhecimento herdado de seus antecessores. O sumo deste processo foi passado a Carlos Castaneda pelo índio yaqui Juan Matus. Don Juan, como era chamado por seu aluno, não era apenas um praticante, mas um Nagual, o guia e líder de um grupo de feiticeiros.

Carlos Castaneda foi instruído no que Juan Matus chamou de O Caminho do Guerreiro ou Caminho do Homem de Conhecimento. Sua missão derradeira diferente dos Naguais novos videntes antes dele, era disseminar este conhecimento e dar início a uma nova geração. Uma geração em que cada ser humano tivesse acesso ao conhecimento outrora restrito dos Novos Videntes e através deste, a possibilidade de alcançar o objetivo ultimo dos mesmos: A Liberdade Total. Para os leitores de Carlos Castaneda muito pouco do que foi dito deve ser novidade, mas para um leitor que chegou a este livro por acaso, (leia-se por vontade do Espírito) é muito importante lembrar deste fato maravilhoso.

Somos Videntes Modernos. Não necessitamos de um guia, necessitamos de um esforço e de uma determinação sobre-humanas. Isto basta. O conhecimento é apenas a arma que usaremos para abrir caminho para o desconhecido. O Insondável acena para nós. O Desconhecido nos convida para bailar. O Mistério nos corteja.

Todos deveríamos ser mais. O Conhecimento Tolteca se propõe a este objetivo, levar o homem à sua derradeira herança. Fazer com que sejamos o melhor que podemos ser. Somo Videntes Modernos, e a maravilha que isso implica não pode ser espessa em palavras.

Passes Mágicos III


Ligar o Corpo

Ligar o Corpo tem por objetivo deixá-lo pronto para a ação. Ligar o corpo é uma parte importante dos Passes Mágicos. É recomendável Ligar o Corpo antes de iniciar as práticas, e algumas séries trazem este movimento embutido. Ligar o Corpo consiste na contração de todos os músculos do corpo, especialmente o diafragma, todos num só e explosivo instante.

Contraem-se os músculos do tórax e abdômen, bem como os músculos ao redor das omoplatas. Os braços e pernas são tencionados com a mesma força, mas por apenas um instante. A medida que se pratica, esta tensão pode ser estendia para períodos maiores de tempo. Em seguida, os músculos são relaxados e o praticante segue a diante com os Passes Mágicos.



O Livro Passes Mágicos pode ser encontrado, em inglês, no seguinte endereço:
http://www.uazone.org/naph/ccarlos/books/cc10/tensegrity000.html

Passes Mágicos II


Retomando o assunto dos Passes Mágicos, vou tentar passar alguns conceitos básicos aqui. Eu já expliquei o que são Passes Mágicos em outro post, agora eu quero falar de redistribuição de energia. A prática dos passes mágicos é destinada a fazer com que a estagnada nas extremidades do Ovo Luminoso sejam realocadas no centro do mesmo, de forma a fortalecer-lo e capacitá-lo a realizar feitos que não seria capaz sem este acréscimo.

Os Passes Mágicos foram divididos por Carlos Castaneda em Grupos e Séries, de forma que possam ser praticados em ordem ou por objetivo, mas alguns detalhes devem ser observados:

- A não ser que seja dito o contrário, todos os movimentos devem ser iniciados com o lado esquerdo e repetidos quantas vezes quiser, mas a mesma quantidade dever ser feita para os dois lados do corpo.

- Os joelhos devem estar levemente dobrados, como na posição inicial dos praticantes de Tai Chi Chuan. Os pés devem estar afastados numa largura equivalente à dos ombros. Esta posição visa garantir a estabilidade e equilíbrio.

- Os músculos da parte de traz das coxas devem ser mantidos tencionados, para estimular a o Centro da Memória Sinestésica, localizado ali.

- Os músculos do cotovelo devem ser mantidos levemente dobrados para evitar um excesso de tensão nos mesmos.

- A mão, quando aberta deve ser mantida plana, não côncava. A mão côncava é a mão de um mendigo, não a mão de um Guerreiro. O dedão deve ser mantido rente à borda da mão. Quando fechada, deve-se buscar um punho quadrado, elevando os dedos mínimo e anelar, para evitar o punho angular.

- A respiração deve ser abdominal, permitindo que a energia chegue o mais fundo possível (que o ar chegue o mais longe possível no corpo).

Duas outras coisas são recomendadas quanto ao preparo para a prática dos Passes Mágicos: Ligar o Corpo e Chamar o Intento, mas eu vou deixar para falar disso no próximo post.

O Livro Passes Mágicos pode ser encontrado, em inglês no seguinte endereço:
http://www.uazone.org/naph/ccarlos/books/cc10/tensegrity000.html

História Pessoal


Uma das muitas coisas que um indivíduo precisa lidar para trilhar o Caminho do Guerreiro é com sua História Pessoal. Todos os nossos feitos, nossas peras, nossas histórias e nossos conceitos. Tudo aquilo que nós acreditamos ser devido a nossas experiências de vida. Tudo que pensamos ser, devido à reflexão que fixemos de nós mesmos frente ao que os outros nos dizem sobre nós. A História Pessoal é todo o senso de importância que damos à nós mesmos, o que os Guerreiros chamam de Auto-Importância. É a Auto-Importância que nos leva aos inimigos mais freqüentes desta caminhada: A Comiseração e a Entrega.

Para se lidar com a Auto-Importância o Guerreiro deve, antes de tudo, querer fazê-lo. “Não se pode ajudar alguém que não quer ajuda”. Lidar com a Auto-Importância requer um disciplina férrea, pois estamos muito acostumados a nos deixar levar por nossos padrões de comportamento e nosso senso errôneo de superioridade. O Guerreiro deve ser humilde, não por que sente-se inferior ou por algum sentimento disfarçado de superioridade que a humildade traz, mas por que compreende que “ como tudo no mundo “ ele é um mistério insondável, e como tal, jamais poderá ser completamente compreendido. Exatamente como tudo que o cerca.

Estas são algumas proposições da Arte da Espreita:
“Tudo o que nos rodeia é de um mistério insondável.
Devemos tentar desvendar esses mistérios, mas sem esperar jamais conseguir isso.
Um guerreiro, ciente dos mistérios insondáveis que o cercam e ciente do seu dever de tentar desvendá-los, ocupa seu lugar certo entre os mistérios e vê a sim mesmo como um deles. Conseqüentemente, para um guerreiro o mistério de ser não tem fim, seja ser uma pedra, uma formiga ou ele próprio. Essa é a humildade de um guerreiro. Uma pessoa é igual a tudo. “
Acabar com a História Pessoal é de extrema importância para os Guerreiros pois é uma das muitas formas de se economizar energia. Nossos padrões repetitivos de comportamento e nossa luta para manter a imagem que foi construída nos consome. Pergunte a si mesmo e observe nos outros: Quantas vezes não se fica exausto depois de uma situação em que se tenha que provar aquilo de se espera de uma pessoa ou de uma discussão em que se precise forçar alguém a aceitar seu ponto de vista.

Ok, vamos sair um pouco da aula teórica. Para acabar com a História Pessoal (sem entrar mais na Arte da Espreita) o Guerreiro deve elaborar uma lista do que faz durante o dia. Esta lista, como tudo mais na vida dele, deve ser feita como um ato de magia ? ele deve dar o melhor de si nesta tarefa. Uma vez de posse da lista, ele deve sistematicamente deixar de fazer as atividades que são supérfluas para seu desenvolvimento, de modo que possam poupar sua energia. O critério para a seleção das atividades a serem cortadas é exatamente o sentimento de importância e vaidade.

Outra forma de se acabar com a História Pessoal, a Auto-Importância (e sua vida social... ooops) são os Não-Fazeres. Don Juan fazia Carlos Castaneda falar com plantas:

“... de agora em diante, fale com as plantinhas. Fale até você perder todo seu senso de importância. Fale com elas até poder fazê-lo defronte dos outros. ... Não importa o que você diz para a planta. Pode também inventar as palavras, o que é importante é o sentimento de gostar dela, de tratá-la como igual.”

Existem vários Não-Fazeres, a proposta é simples: faça diferente do que o normal. Não-Fazer para escrever? Escreva com o dedo. Não-Fazer para falar? Silêncio Interrior. Não-Fazer para preguiça? Fique em pé. Seja criativo, invente o seu.

Por fim, temos a parte mais difícil do processo: Abandonar o ambiente que lhe seja familiar e confortável e buscar algum lugar hostil para viver. Todos passam por isso algum dia, quando saem da casa dos pais. O processo desta vez é buscar um lugar que seja realmente hostil ao seu ser: feio, isolado, numa região que seja afastada de sua vida cotidiana. Este é o ponto alto do apagar a História Pessoal. Depois disso, só sobra ao Guerreiro aquilo que lhe é necessário.

É um processo doloroso e demorado. Mas é um processo recompensador.

A Flecha


Uma poesia, de outro caminhante deste caminho:

De vez em quando chegamos no rasante
Dilatamos as pupilas em detrimento da razão
Saltamos abismos para estender territórios
Sanamos dívidas para selarmos adiante
O que outrora nos grimórios lançamos mão

Veja como a neve é bela no continente distante
Cala-te frente ao silêncio da imensidão que atordoa
Sinta como o frio revela poros que se eriçam pedantes
Desanuvia o verbo que em teu ventre ecoa

É de encanto a noite e de vista turva este dia
Aquela que não resvala nas nuvens
Nem tampouco alucina, é da noite que falo
O outro que atropela sonhos
E invade a madrugada que fulge, durante o dia eu parto

Trovões rugem como se não houvesse tempo
E sigilos caem em vidros partidos por todos os lados
Na pele do cordeiro estirada para secar nos séculos
Aparecem caracteres confusos sobre seres alados

Ambos os segredos aterrorizam
O que destroça augúrios e distingue farpas
O que estremece a fronte e alumia
O que foi descrito ou realçado entre aspas
O que tenta aliviar a fome que nunca sacia

Chego perene ao meio do furacão
É no olho da tormenta que me anuncio
E quando uma flecha zarpar em tua direção
E quando abrires os braços pro alvo do teu espírito
Tocarei a marca desmedida e faminta
Sem te dar tempo ou precaução.

Corvo
15/07/2005 12:23h.

A Disposição de um Guerreiro


Novamente, esqueci de falar de uma coisa... Implacabilidade não deve ser o meu forte, mas Paciência com certeza o é. Vou falar um pouco da Disposição de um Guerreiro. Don Juan sempre chamou a atenção de seu aluno, Carlos Castaneda, para um ponto muito interessante: que ele deveria parar de culpar os outros e a si mesmo pelos infortúnios da vida e pelos malogros que lhe aconteciam e ser responsável por seus próprios atos. Esta é a Disposição de um Guerreiro. Uma vez que o Guerreiro se decide por trilhar seu Caminho, ele deve estar totalmente disposto a se deixar guiar pelo Poder e pelo Espírito. Ser Responsável quer dizer agir sempre da melhor maneira possível e estar consciente de que o resultado daquela ação é de sua total e exclusiva responsabilidade. O Guerreiro não foge do que lhe espera, nem planta sementes que não deseja colher.

Dani, O vEnTo FrIo Do OeStE, obrigado por vir até aqui! Comente mais, por favor. Isso me ajuda a escrever. Se possível, deixe uma forma para que eu entre em contato com você.

A Necessidade de um Mestre


Muitos que tentam praticar o Caminho do Guerreiro tombam por não saber como e o que fazer em certos momentos. Nestas horas, querem desesperadamente um Mestre, alguém com mais tempo nesta Vida de Guerreiro que possa lhe guiar, lhe mostrar o que fazer e como superar os obstáculos.

O Mestre dentro do caminho Tolteca é um Guerreiro Implacável que, num dado momento de sua vida acumula Poder Pessoal suficiente para que o Espírito lhe indique um Aprendiz. Este, por sua vez precisa ter Poder Pessoal para que o Mestre possa encontrá-lo. É uma via de mão dupla. Se o futuro Guerreiro não tiver Poder Pessoal acumulado, jamais vai ser encontrado por um mestre, pois é assim que o Espírito determina as coisas. ?O Poder age de forma misteriosa?, já dizia Don Juan.

O Mestre existe para o ensinar ao Aprendiz as práticas e conceitos do Caminho do Guerreiro. Para ajudá-lo a organizar sua Ilha do Tonal. Este é um conceito novo aqui. Primeiro o Tonal, depois, sua ilha.

O Tonal nasce no momento em que a consciência é aglutinada e o ser é composto. O Tonal nasce assim que nascemos e morre conosco quando morremos. Entretanto não devemos incidir no erro de acreditar que somos o Tonal. O Tonal é aquele que nos traz a capacidade de interpretar o mundo através da lógica e do raciocínio abstrato. Ele pode ser comparado a nossa personalidade, nossos conceitos, nossa mente, entre muitas ouras coisas, que “a esta altura do campeonato” já devemos saber que não somos nós. O Tonal é uma característica do ser muito importante, porém, tolhido pelo processo de criação que a sociedade humana construiu, o Tonal torna-se extremamente tímido e fraco. Agora, a Ilha do Tonal. A Ilha do Tonal é tudo aquilo que conhecemos de nossas experiências, estudos, passeios, anseios e aversões: tudo que a realidade como nos ensinara a ver permite. É também chamado dentro do Xamanismo Guerreiro moderno de Depósito. É lá que mantemos o Inventário de nosso ser. O problema das pessoas é que, dentro de sua bolha de percepção, o inventário costuma tomar todo o espaço, não deixando que mais nada que não seja conhecido, não deixando que percebamos nada além daquilo que fomos ensinados a ver. Assim, não podemos ver o que o Espírito tenta mostrar, nem todas as coisas maravilhosas que o mundo “dado como cotidiano e enfadonho“ tem para nossos sentidos. O processo de Organizar a Ilha do Tonal consiste em abrir espaço para que outras coisas, coisas que não pertencem a realidade comum que nos ensinaram. Para fazer isso, basta viver como um Guerreiro: se valer dos Atributos do Guerreiro (Implacabilidade, Astúcia, Paciência e Gentileza), e de suas práticas (Não-Fazer, Espreita, Recapitulação, Passes Mágicos).

O Mestre serve para isso. Ajudar o Aprendiz a Organizar a Ilha do Tonal, para que este possa, então, conhecer o Nagual. Pode ser difícil fazer isso sozinho no início, mas não é impossível. Afinal, Paciência não é um dos Atributos do Guerreiro à toa.

O que é O Caminho do Guerreiro?


Acho que em minha ânsia de apresentar os pontos mais importantes da Vida do Guerreiro eu me precipitei e acabei por não explicar o que necessariamente é o Caminho do Guerreiro. Isso é bom. Isso me lembra que eu não estou sendo tão implacável no meu agir quanto eu gostaria.

O Caminho do Guerreiro um conjunto de estilos comportamentais gerados para produzir sobriedade: Implacabilidade, Paciência, Astúcia e Gentileza ? os Atributos do Guerreiro. O Caminho do Guerreiro é o caminho do Xamãnismo Tolteca. O Xamãnismo Tolteca é uma linhagem de práticas que precede e da origem aos povos Incas, Maias e Astecas. Esta linhagem xamãnica tinha como base os seguintes princípios:

Ponto 1: Os seres humanos são na verdade como bexigas ovoidais e oblongas nas quais fosse dado um nó e ficassem caídas de lado, cheias de fios translúcidos que lembram fibra-óptica, alguns destes estão “ligados” e emitem luz, enquanto a grande maioria se mantém obtusamente fora de uso.

Os feixes acesos são ativados por um halo brilhante que pulsa forte ao redor de um ponto do tamanho de uma bola de tênis, localizado a distancia de um braço em relação a nossa omoplata direita. Este ponto é chamado de Ponto de Aglutinação e é através dele que percebemos a realidade. A energia que o ponto aglutina cria uma realidade. Podemos perceber esta realidade de duas formas diferentes, usando nossa capacidade analítica ? que eles chama de Primeira Atenção ? ou através de nossos instintos mais intrínsecos ? conhecidos por Segunda Atenção, Consciência Intensificada ou Segundo Círculo de Poder.

Segundo os Toltecas, essa habilidade é a magia natural da raça humana, e também nosso maior problema, pois através dela, nos limitamos à realidade que nos da uma falsa impressão de segurança. Fixamos nosso Ponto de Aglutinação numa determinada posição com a criação que nos é imposta pela família e pela sociedade, ficando cegos para as outras coisas possíveis. Mover o Ponto de Aglutinação significa acessar outras “realidades”.

Ponto 2: Para os xamãs Toltecas os seres humanos não possuem uma alma imortal, e este é o conceito que mais difere da maioria das tradições esotéricas conhecidas e das religiões predominantes do mundo. Eles acreditavam que os seres vivos recebem sua energia vital, do Espírito, para que esta seja maturada e elevada a um nível energético superior, e então devolvida. Devido a nossa odiosa tendência de se identificar com a ?realidade? ao nosso redor, o ser tende a se identificar com essa energia, com o corpo e com a consciência, assim, quando a energia retorna ao Espírito, todo o resto é absorvido e reciclado.

Os seres humanos são compostos por fios, como já disse antes, com o impacto da morte, a bexiga que os comporta se rompe e a consciência, não maturada, é lançada de volta para onde veio ? o Infinito. O que os Guerreiros Toltecas faziam era chamado de “organizar a Ilha do Tonal”, tornar suas consciências auto-conscientes, ou seja, individualizá-las, para que quando suas bexigas se rompessem, a energia pudesse ser devolvida ao Espírito sem que suas consciências se deixassem levar junto. Por esse fato, os antigos xamãs Toltecas ganharam o apelido de Desafiadores da Morte.

Ponto 3: Quase todas as linhagens de magia divide o corpo humano em vários sub-corpos sutis. O Xamãnismo Tolteca acredita apenas em uma divisão entre corpo físico (onde poderíamos incluir todos os corpos das outras linhas) e corpo energético. Tonal e Nagual (pronuncia-se naual). O Nagual é a parte de nós que interage diretamente com a energia, e, diferente das outras linhagens, não nos é nata apesar de ser natural. O Xamãnismo Tolteca acredita que o corpo de energia tem que ser quase construído. Também chamado de Corpo Sonhador, Duplo, Outro e Sósia, é através dele que se exploram os outros mundos e realidades possíveis de serem alcançados através do movimento do Ponto de Aglutinação de forma mais segura. É através também do Nagual que o Guerreiro Tolteca realiza suas façanhas, que seriam inacreditáveis para as pessoas “normais”.

Estes são os pontos básicos e as divergências com relação a aquilo que é mais comum no mundo mágico/esotérico, com relação ao Caminho do Guerreiro. O Caminho do Guerreiro é um modo de vida e uma escola de magia. É um caminho de iluminação e uma religião. E nada disso.

Passes Mágicos


Passes mágicos são atividades desenvolvidas e praticadas pelos guerreiros toltecas com a intenção de cortar as amarras que os prendem à forma de percepção a que estamos todos condicionados e acumular poder pessoal. Os passes mágicos são seqüências de movimentos combinados com respirações e com o intento do guerreiro alteram-no em algum modo. O objetivo dos Passes Mágicos é alcançar um nível de redistribuição de energia que nos permita utilizar essa energia reestruturada para outros projetos da feitiçaria como Recapitular, não-fazeres, a prática do silêncio interior e por aí vai. Os Passes Mágicos não consistem em apenas movimentos, não são meros exercícios. A respiração é um item de fundamental importância na prática da Tensegridade . Movimentos, respirações, visualizações e intento inflexível atuando dentro de uma sincronia produzem efeitos evidentes por si em nosso corpo e percepção.

Aqui, três passes mágicos:

RESPIRAÇÃO TERRA-CÉU - RESPIRAÇÃO DE ALINHAMENTO

1. De pé, com os joelhos levemente flexionados.
2. Pousar as mão sobre o ventre, nos centro vitais.
3. Inspirar. Ao exalar, baixamos o tronco, deslizando as mãos pela parte dianteira das pernas, até os tornozelos.
4. Na posição, inspirar absorvendo a energia da terra através do arco dos pés.
5. Exalar enquanto as mãos vão subindo pelas pernas como se puxássemos as franja de energia até as nádegas e daí até os centros vitais na frente do corpo.
6. Mãos pousadas sobre os centro vitais. Inspirar contando até cinco, intentando se alinhar com a energia da terra, que sobe até o ventre. Reter a respiração contando até cinco. Exalar contando até nove.
7. Repetir a respiração, só que intentando se alinhar com o céu.
8. Pousar a mão direita sobre o umbigo e a mão esquerda no centro do peito.
9. Respirar enquanto gira o tronco para o lado esquerdo e depois para o direito, absorvendo a beleza do mundo.

REAGRUPANDO ENERGIA

Intento: Recolher os filamentos de energia dispersos acima, abaixo, a frente, atrás e nas laterais, e trazê-los para os centros vitais.
1. De pé. Braços relaxados ao lado do corpo. Inalar e ao exalar dar um comando para que o corpo relaxe.
2. Dar um comando de silêncio.
3. Bater suavemente com a mão direita no lado direito, um pouco acima da cintura, no local dos centros vitais do Fígado e da Vesícula, quatro ou cinco vezes.
4. Encurvar o tronco para baixo com os braços relaxados. Elevar as mão pela frente do corpo, inalando, até esticar todo o braço para cima [os dedos apontam para cima, as palmas voltadas para frente].
5. Com o ar preso, baixamos lentamente as mãos até a altura do peito. Nas mãos, os dedos indicadores apontam para cima e os outros dedos estão flexionados na articulação maior. Tomamos com essa posição das mãos, os filamentos de energia dispersos e ao abaixar as mãos a energia ao peito.
6. Esticamos os braços a frente, exalando. As mãos voltam até o peito enquanto inalamos, palmas das mão voltadas para frente. Nesse movimento trazemos os filamentos de energia que estão localizados a frente.
7. Com o ar preso, elevamos os braços por trás da cabeça e o trazemos para frente traçando um círculo amplo por cima até a frente, como que recolhendo energia. Ao exalar, baixamos as mãos até os centros vitais, onde depositamos com as mãos quietas a energia recolhida [mãos abertas sobre os centros vitais].
8. Realizar um amplo círculo para dentro, e seguir estirando os braços para as laterais, inalando todo o tempo, palmas voltadas para as laterais. Começar a exalar, trazendo com tensão as mãos como se fossemos unir as palmas, porém elas seguem o movimento e os braços se cruzam frente ao peito. Com corpo dobrado a frente, a palma direita pousa sobre o centro vital esquerdo e a palma esquerda sobre o centro vital direito.
Variação: Podemos fazer usando somente os olhos. O intento continua o mesmo. Depois de bater suavemente nos centro vital direito, baixamos os braços e com os olhos, inclinamos a cabeça para acompanhar o olhar. Quando o movimento do olhar for para as laterais, intentar que cada olho veja as laterais simultaneamente, ou seja, que o olho direito olhe a direita e o esquerdo olhe a esquerda ao mesmo tempo.

RESPIRAÇÃO DO PODER

Inspirar e exalar rapidamente, no ritmo 1:1, usando a musculatura abdominal - quando inalar relaxar a musculatura, quando exalar tenciona e puxa para dentro. Juntar essa respiração ao passe anterior. Fazer a respiração do poder contemplando a luz por trás dos olhos até atingir o seu objetivo.

Poder Pessoal

O Poder pessoal é uma das características mais importantes do guerreiro. É através desta característica especial que ele opera as maravilhas em seu ser e na “realidade” que o cerca. Poder pessoal é adquirido por via da vida de guerreiro: ser implacável, gentil, esperto e paciente; ter senso de oportunidade e saber aproveitar seu centímetro cúbico de oportunidade; espreitar a si mesmo; praticar não fazeres e passes mágicos; estar atento aos presságios que o poder lhe traz; organizar a ilha do tonal e libertar o Nagual.

Don Juan falou isto sobre o poder:
"O Poder é uma coisa com que o guerreiro lida - explicou - A principio é uma coisa incrível e rebuscada; é difícil até de pensar nele.[...] Depois o poder torna-se um assunto sério; a pessoa pode não o possuir; ou pode até nem perceber plenamente que ele existe e, no entanto, sabe que há algo ali, algo que antes não era observado. Em seguida o Poder se manifesta como uma coisa incontrolável que acontece à pessoa. Não me é impossível dizer como acontece nem o que é, realmente. Não é nada e, contudo, faz com que apareçam maravilhas diante de seus olhos. E, por fim, o poder é uma coisa na gente, uma coisa que controla os atos da gente e, contudo, obedece a nosso comando."

E é assim que acontece mesmo. Uma vez que se dê os primeiros passos no caminho do guerreiro, você pode perceber o poder em você, nos lugares, em outras pessoas. Fazendo isso, vivendo como um guerreiro, passamos a acumular poder pessoal, que é imprescindível a nossa busca: a liberdade.

Maus Hábitos I - Entrega


Maus hábitos. Coisas que fazemos e reações que temos de forma mecânica e inconsciente frente a estímulos externos. Cada um tem um mal habito específico a qual gosta de se entregar com mais freqüência, e todos temos um conjunto de maus hábitos a qual recorremos, como procedimentos mecânicos, como respostas pré-programadas, engatilhadas e prontas para disparar em resposta a determinadas situações. Don Juan, durante seu período ensinando Carlitos, mostra-lhe que o sentimento de auto-piedade e a comiseração eram os maus hábitos favoritos dele e aos que ele mais se entregava. O próprio Don Juan comenta com Castaneda o seumal habito: um sentimento de que ele mimava demais seu aluno e que muitos dos fracassos dele eram decorrentes disto.


Um guerreiro não deve se deixar levar pelos maus hábitos que adquiriu com o passar dos anos em sua descrição imposta daquilo que chama de realidade. Isso leva apenas a uma perda gradativa de poder pessoal, o que por sua vez leva o guerreiro a incidir em mais maus hábitos. É um circulo vicioso perigosíssimo, que só pode ser quebrado com o uso de duas práticas: A Espreita e a Recapitulação.

Através da Espreita o guerreiro atinge um grau de atenção sobre seus atos tão soberba que não se deixa mais cair na armadilha que sua Primeira Atenção insiste em armar-lhe. A Recapitulação traz o guerreiro de volta para os momentos que lhe ensinaram a reagir como uma maquina àqueles estímulos externos, lhe permitindo reavaliar a situação, sua reação passada, sua reação presente e, de quebra, recapturar o poder perdido naquele momento e se livrar da energia que o fez enveredar por esta forma de agir.

O simples fato de se estar alerta para o fato já é suficiente para fazer com que um guerreiro acumule poder pessoal. Qualquer deslize nesta etapa, porem, é totalmente danoso para ele. A prática da Espreita e da Recapitulação é o que tornam o processo coeso e eficiente. Sem isso, seria como uma pessoa obesa que perde peso num mês, para voltar a engordar no outro e repetir o processo durante toda a vida.

Cuidado com a entrega...

Primal Post II - Novos Objetivos


Este blog tem por objetivos trazer os conceitos do Xamanismo Tolteca de forma que possam ajudar todos que tenham ouvido o chamado do Espírito, e contextualizá-los de forma a facilitar seu entendimento. Estamos dedicando-o primariamente a Vida do Guerreiro, porém outros assuntos pertinentes serão abordados de quando em quando.


Sejam Bem-Vindos e boa leitura.

Post Zero


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Obrigado,

Diego & Isa

Praticas Toltecas Essenciais